De acordo com a Associação Brasileira de reprodução assistida (SBRA) “cerca de 35% dos casos de infertilidade estão relacionados à mulher, cerca de 35% estão relacionados ao homem, 20% a ambos e 10% são provocados por causas desconhecidas. No entanto, a maior parte é perfeitamente tratável”.

 

Neste texto você irá conferir as principais causas de infertilidade feminina e quais tratamentos são utilizados para permitir que as mulheres possam realizar o sonho de ser mãe.

 

SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS

 

O que é síndrome dos ovários policísticos? (SOP)

 

Os ovários são órgãos que ficam um de cada lado no útero da mulher e são responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos. A síndrome dos ovários policísticos, por sua vez, caracteriza-se como um distúrbio hormonal onde há a presença excessiva de testosterona no corpo da mulher, o aparecimento de pequenos cistos e resistência à insulina.

 

Como a síndrome dos ovários policísticos interfere na fertilidade?

 

Mulheres com SOP (síndrome do ovário policísticos) apresentam quadros de menstruação desregulada o que pode afetar a produção e liberação dos óvulos necessários para reprodução. A SOP está ligada à infertilidade feminina por ser uma das causas mais comuns da anovulação, ou seja, ausência de ovulação.

 

Além disso, o distúrbio ovulatório que pode ser causado pelo desequilíbrio hormonal em virtude do excesso de testosterona e hiperandrogenismo (aumento dos níveis de hormônios masculinos); somados a presença dos cistos afetam o funcionamento dos ovários.

 

Quem tem síndrome dos ovários policísticos pode engravidar? Apesar da SOP e dos ciclos irregulares dificultarem o processo natural da gestação, isso não quer dizer que seja impossível engravidar. No entanto, é importante está em dia com os exames médicos e realizar visitas regulares ao ginecologista.

 

Tratamento para síndrome do ovário policísticos

 

Não há uma regra absoluta sobre como deve ser o tratamento da SOP; as mulheres que já desejam engravidar e ainda não conseguiram por meios naturais ou que sofrem de alguma forma com a doença, devem buscar ajuda médica para que seja iniciado o  tratamento adequado a sua realidade e necessidades.

 

2. MENOPAUSA PRECOCE

 

O que é menopausa precoce?

 

A menopausa precoce ou falência ovariana prematura, ocorre quando a mulher para de produzir óvulos como antes em idade inferior a 40 anos. É o momento em que os ovários para de funcionar, ou seja, param de liberar óvulos (ovulação) em intervalos regulares e a sua capacidade de produzir hormônios internos é afetada.

 

Dentre as causas para a menopausa precoce, temos: alterações genéticas, quimioterapia, extração cirúrgica do útero, doenças autoimunes, dentre outras. Isso porque a relação é extensa e a maioria dos casos são idiopáticos, isto é, que não se sabe a origem.

 

Quais as chances de engravidar na menopausa precoce?

 

Infelizmente, as mulheres com menopausa precoce têm menos de 10% de chance de engravidar de forma natural ou com os seus próprios óvulos. Não sendo possível, a fertilização “in vitro” pode ser uma opção. Nessa caso os óvulos de outra mulher (doadora) são implantados no útero após terem sido fecundados em laboratório, o que aumentará bastante a possibilidade da mulher engravidar.

 

Tratamento para a menopausa precoce?

 

Quando falamos em tratamento para menopausa precoce, é preciso ter em mente que um diagnóstico como esse não afeta apenas a questão física da mulher, mas também o seu emocional, por isso, é importante buscar por ajudar psicológica. Com relação à fertilidade, o uso de remédios com hormônios para estimular a ovulação combinado com hábitos saudáveis serão de grande valia no tratamento.

 

3. ALTERAÇÕES NA TIREOIDE

 

A importância da tireoide para a nossa saúde é bastante ampla e o seu  bom funcionamento auxilia no exercício de várias funções do nosso corpo, além de estar diretamente ligada a questões como: nosso peso, humor, desenvolvimento, regulação de ciclos menstruais, fertilidade e assim por diante.

 

Tireoide e fertilidade: qual a relação?

 

Os problemas na tireoide como o hipotireoidismo ou hipertireoidismo e a fertilidade se relacionam, pois é necessário que os hormônios liberados pela glândula estejam em níveis equilibrados para o correto funcionamento dos ovários, do contrário,  poderá afetar a ovulação e dificultar a gestação.

 

Tratamento para alterações na tireoide?

 

O tratamento para distúrbios na tireoide pode ser realizado com medicamentos, porém, detectado o problema é preciso buscar orientação médica para estabelecer qual o melhor caminho a seguir em cada caso.

 

4. INFLAMAÇÃO DAS TROMPAS

 

As trompas ou tubas uterinas, fazem parte do sistema reprodutivo da mulher e são responsáveis por conduzir os óvulos produzidos nos ovários até o útero. É por esse motivo que a inflamação das trompas (salpingite) é uma das causas de infertilidade feminina, tendo em vista que impede o encontro do óvulo com o espermatozoide para formar o embrião.

 

O que causa inflamação nas trompas?

 

Na maioria dos casos, a inflamação tem origem em contaminação por bactérias de transmissão sexual, como: Chlamydia, Gonococo, Mycoplasma e Ureaplasma.

 

Nos demais casos, as bactérias aeróbicas e anaeróbicas presentes no trato genital são as responsáveis pela inflamação.

 

Quais os sintomas de inflamação nas trompas?

 

A inflamação pode afetar uma ou ambas as trompas e para percebê-la é importante ficar atenta aos sintomas, são eles: dor abdominal, dor na relação sexual e sangramento, além disso, pode ocorrer falta de apetite, febre e vômitos. Se não tratado o problema pode evoluir e causar a perda das trompas.

 

Qual o tratamento para inflamação nas trompas?

 

O tratamento consiste em combater a infecção até saná-la por meio de antibióticos. Em alguns casos mais graves pode haver internação e até cirurgia. Além disso, é importante evitar ter relações sexuais no período da doença.

 

5. ENDOMETRIOSE

 

A endometriose caracteriza-se como uma alteração inflamatória no funcionamento normal do organismo; onde as células do tecido que reveste o útero (endométrio), ao invés de serem eliminadas durante a menstruação se deslocam para o sentido oposto, indo parar nos ovários ou em outros órgãos, tais como: trompas, intestinos e bexiga.

 

Quem tem endometriose pode engravidar?

“Nem toda paciente com endometriose é infértil, mas até 50% (cinquenta por cento) das mulheres inférteis possuem a enfermidade”, informa Aline Monteiro, ginecologista, membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida.

 

É importante que as mulheres que sentirem dificuldade para engravidar procurem ajuda profissional, pois com o tratamento adequado, é possível aumentar as chances de gravidez.

 

Diagnóstico da endometriose:

 

Ao perceberem o aparecimento dos sintomas o primeiro passo é solicitar um exame ginecológico e seguir as orientações do seu médico para determinar o diagnóstico.

 

Tratamento da endometriose:

 

A endometriose não tem cura definitiva, pois até mesmo a sua causa ainda não é unânime para a comunidade científica. O seu tratamento, no entanto, inclui medicamentos ou cirurgia a depender do caso. Além disso, a doença regride espontaneamente na menopausa, fase em que há queda na produção dos hormônios femininos e fim das menstruações.

 

Saiba mais: Entenda a endometriose – uma das principais causas de infertilidade feminina. (

 

Você já conhecia o tema?

 

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Fontes: gineco.com, artmedicina.com e tuasaude.com